
O avanço da ciência e a descoberta de novos ativos para saúde humana também implicam o aumento da necessidade de testagem. Afinal, é indispensável a avaliação toxicológica de produtos anterior ao seu uso no homem, muitas vezes feita em modelo animal. No entanto, preocupações com sustentabilidade e bem-estar animal levaram nossa sociedade rumo ao desenvolvimento de métodos alternativos ao uso de animais.

“Métodos alternativos” são o conjunto de testes e ensaios executados usando sistemas in vitro, análise bioquímica, modelos computacionais, entre outros. São baseados na Estratégia dos 3R’s, cujo objetivo é Reduzir, Refinar ou substituir (do inglês, Replace, e por isso o terceiro R) o emprego de animais nas pesquisas biomédicas. Através dessa estratégia, então, o impacto ecológico dessas pesquisas é significativamente reduzido, sem comprometer a segurança toxicológica das testagens ou sequer desacelerar o progresso científico-farmacêutico. Assim, a ciência e a indústria farmacêutica seguem seu curso mantendo o seu padrão de qualidade, mas de maneira mais sustentável e humanizada. Ressalta-se, ainda, que esses métodos passam por um rigoroso processo de validação.

Como dito, os métodos alternativos precisam ser submetidos a rigorosos processos de validação para, desse modo, serem aceitos e largamente aplicados pelas indústrias. É nesse contexto que países como EUA, Japão, Canadá e o Bloco da União Europeia estabelecem órgãos dedicados para essa validação. Esse movimento lança holofotes sobre a importância de investir nessa regulamentação, já que esses métodos se consolidam cada vez mais como a tendência para o futuro. Desta maneira, cresce a relevância dos métodos alternativos no contexto internacional, especialmente no cenário atual de crescente preocupação com aspectos de sustentabilidade.

E o Brasil não fica para trás. Igualmente alinhado às tendências mencionadas anteriormente pelos outros países, o gigante sul-americano tem sua própria agência de validação de métodos alternativos: a BraCVAM (“Centro Brasileiro para Validação de Métodos Alternativos”). Ligada à FIOCRUZ, essa agência supervisiona os processos de regulamentação de novos métodos, forma profissionais, promove cooperação internacional e encontros de disseminação científica sobre o tema e publica relatórios sobre o progresso dos estudos. Sendo assim, o país se insere numa posição muito favorável ao desenvolvimento, validação e implementação de métodos alternativos para suas empresas, como o caso da Eleve Science.
Em conclusão, a modernidade e o progresso científico podem aliar-se à sustentabilidade com o desenvolvimento de métodos alternativos. Esses métodos procuram reduzir, refinar ou substituir o uso de modelo animal seguindo a lógica da estratégia dos 3R’s. E sua validação é importante para seguir as tendências das grandes potências mundiais para o futuro, tal como é feita no Brasil, pela BraCVAM. Portanto, fica claro o motivo das empresas brasileiras ficarem atentas às atualizações da área. Logo, não deixe de conferir as demais matérias do blog da Eleve Science sobre o tema!
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